Gordura Corporal Não é Tão Vilã Quanto Pensamos

Gordura Corporal Não é Tão Vilã Quanto Pensamos. A demonização da gordura corporal: como fomos condicionados a temê-la

Gordura Corporal Não é Tão Vilã Quanto Pensamos

A Verdade Científica que Vai Surpreender Você

A demonização da gordura corporal: como fomos condicionados a temê-la

Durante décadas, a gordura corporal foi retratada como o inimigo número um da saúde. Campanhas publicitárias, dietas da moda e a própria indústria fitness contribuíram para criar um estigma que associa gordura a desleixo, doenças e fracasso pessoal. No entanto, novas evidências científicas mostram que essa visão é simplista e até mesmo perigosa.

Em vez de tratar a gordura corporal como uma vilã absoluta, a ciência tem revelado funções essenciais que ela desempenha no organismo, inclusive papéis protetores e regulatórios que impactam diretamente o sistema imunológico, hormonal e até a longevidade.


Para que serve a gordura corporal? Benefícios além da reserva de energia

A gordura corporal não é apenas um “estoque de calorias”. Ela é um órgão endócrino ativo, que secreta hormônios fundamentais para o funcionamento saudável do organismo.

Funções benéficas da gordura corporal:

  • Produção hormonal: A gordura libera leptina, adiponectina e outras substâncias que regulam o apetite, metabolismo e sensibilidade à insulina.

  • Proteção de órgãos vitais: A gordura visceral, embora excessiva seja prejudicial, em níveis moderados atua como escudo protetor para órgãos como fígado e rins.

  • Isolamento térmico e regulação de temperatura corporal.

  • Reserva energética vital em períodos de escassez alimentar ou doenças graves.

  • Papel imunológico: Estudos mostram que a gordura ajuda a regular o sistema imune e contribui para a resposta anti-inflamatória.


Gordura corporal x gordura em excesso: a diferença que poucos entendem

É importante destacar que o problema está no excesso e não na gordura em si. Ter um certo nível de gordura corporal é não apenas saudável, como essencial para a sobrevivência. A ideia de que “menos é sempre melhor” pode, inclusive, levar a distúrbios hormonais, imunológicos e reprodutivos.

Segundo um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), pessoas com IMC na faixa do sobrepeso (25–29,9) apresentaram menor mortalidade geral do que aquelas com peso considerado “normal” (18,5–24,9) [Fonte: Flegal KM et al., JAMA. 2013;309(1):71-82. doi:10.1001/jama.2012.113905].

Outro estudo conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA mostra que a gordura subcutânea — aquela que fica sob a pele — não está diretamente associada ao aumento de risco cardiovascular, ao contrário da gordura visceral, que é a mais perigosa quando em excesso.


O paradoxo da obesidade: quando mais gordura pode significar mais saúde

Você já ouviu falar do “paradoxo da obesidade”? Esse termo é usado para descrever casos em que pessoas obesas ou com sobrepeso apresentam melhores desfechos de saúde em comparação com pessoas mais magras, especialmente em situações como doenças crônicas, cirurgias ou internações hospitalares.

Um exemplo marcante está em pacientes com insuficiência cardíaca. Estudos publicados no European Heart Journal apontam que pessoas com sobrepeso ou obesidade leve têm menor taxa de mortalidade em comparação com pacientes com IMC normal ou baixo [Fonte: Oreopoulos A. et al., Eur Heart J. 2008;29(6):772-780].

Esse fenômeno mostra que a relação entre gordura e saúde é mais complexa do que fomos levados a acreditar.


Gordura corporal feminina: papel crucial na fertilidade e proteção óssea

Nas mulheres, a gordura corporal tem ainda mais importância biológica. Ela está diretamente ligada à produção de estrogênio, à regulação do ciclo menstrual e à saúde reprodutiva. Quando os níveis de gordura corporal são muito baixos, o corpo entra em modo de proteção e pode interromper a ovulação (amenorreia).

Além disso, a gordura feminina contribui para a saúde óssea, especialmente na pós-menopausa, quando a queda de estrogênio aumenta o risco de osteoporose.


O culto à magreza extrema pode ser tão prejudicial quanto a obesidade

Estudos mostram que baixos níveis de gordura corporal aumentam o risco de diversas condições, como:

  • Infertilidade

  • Osteoporose

  • Deficiências imunológicas

  • Depressão e ansiedade

  • Redução de massa muscular e força

Além disso, pessoas com IMC muito baixo (<18,5) apresentam maior risco de morte por todas as causas, conforme revelado em meta-análise publicada na Lancet [Fonte: Berrington de Gonzalez A. et al., Lancet. 2010;377(9765):779–786].


Conclusão: repensando a relação com o próprio corpo

A gordura corporal não é um inimigo. Ela é parte vital da nossa biologia, e sua presença equilibrada é sinal de um corpo funcional, protegido e resiliente. Em vez de buscar padrões estéticos baseados na extrema magreza, devemos promover uma visão de saúde integral, sustentável e baseada em evidências científicas.

Saúde não é aparência. É equilíbrio.


Fontes científicas utilizadas:

  • Flegal KM, Kit BK, Orpana H, Graubard BI. Association of all-cause mortality with overweight and obesity using standard BMI categories: a systematic review and meta-analysis. JAMA. 2013;309(1):71-82. https://doi.org/10.1001/jama.2012.113905

  • Oreopoulos A, Padwal R, Kalantar-Zadeh K, Fonarow GC, Norris CM, McAlister FA. Body mass index and mortality in heart failure: a meta-analysis. Eur Heart J. 2008;29(6):772–780.

  • Berrington de Gonzalez A, Hartge P, Cerhan JR, et al. Body-mass index and mortality among 1.46 million white adults. N Engl J Med. 2010;363(23):2211–2219.

  • NIH News in Health – Fat has a vital role in our bodies. https://newsinhealth.nih.gov

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